Fotografia pode ajudar a descobrir doenças oculares

Fotografia pode ajudar a descobrir doenças oculares

A fotografia pode ser um ótimo recurso para descobrir doenças oculares. Entenda!

A fotografia está cada vez mais presente no nosso dia a dia. Seja para registrar uma viagem em família, um casamento, momentos marcantes ou até mesmo um registro casual de um dia em que nos sentimos bem, todos os dias são tiradas milhares de fotos.

Para você ter uma ideia, o número de fotografias registradas em uma década mais do que quadruplicou. No ano 2000, o número total registrado, de câmeras analógicas, foi de 86 bilhões. Já no ano de 2011, esse número subiu para 400 bilhões de fotografias. Dessas, apenas 1% eram analógicas.

Esse aumento se deve ao fato da popularização de redes sociais como Facebook e Instagram, onde as pessoas gostam de mostrar seu registro diário para amigos e familiares, interagindo com os deles também.

Mas ao que parece, a fotografia pode estar indo para outro rumo também. Além de registros sobre momentos bons – ou ruins – essa tecnologia inventada no século 19 também está ajudando no descobrimento de… Doenças oculares?

Como o flash pode estar ajudando nessa detecção

Um dos melhores recursos que essa tecnologia trouxe, sem dúvida, foi o flash. Permitindo que tiremos fotos mesmo estando de noite, ela utiliza uma luz própria da câmera para iluminar o local.

Quando fazemos isso, uma coisa muito comum de acontecer é os olhos saírem avermelhados na fotografia. Isso acontece porque os raios de luz passam por nossa córnea e se concentram em nossa retina.

Com isso, quando um flash de câmera é disparado, nossas pupilas não têm tempo de se contrair para reduzir a quantidade de luz que entra em nossos olhos, o que faz com que uma grande explosão de luz seja feita em nossa retina e refletida, sendo captada pelo registro fotográfico.

Para isso não ocorrer, são utilizados muitos métodos de iluminação e até mesmo de edição.

No entanto, essa tecnologia, além de deixar com os olhos vermelhos, também ajuda na detecção de doenças oculares, uma vez que as pessoas que tiverem algum problema podem não ter essa luz refletida no clique da foto.

Um caso que aconteceu nos Estados Unidos

Para entender melhor como isso funciona, em 2011, nos Estados Unidos, houve uma descoberta de uma doença ocular grave em um menino de apenas 6 anos de idade por causa da análise da fotografia.

Como citado acima, os olhos vermelhos nas fotografias são muito comuns devido ao reflexo, mas quando eles saem com um brilho amarelo ou meio esbranquiçado, pode ser sinal de alguns problemas, como a de Benjamin Webber, que tinha um tipo de cegueira ocular que podia ser fatal, caso não realizasse o tratamento.

Existem problemas que podem ser silenciosos, mas progredir e se agravar bem rapidamente, por isso, é importante prestar bastante atenção.

Por esse motivo, os pais do garoto de 6 anos na época, decidiram criar uma campanha conhecida como “Know About the Glow”, que visa alertar os pais sobre possíveis doenças oculares que podem ocorrer na criança.

Mas quais são as principais doenças oculares detectáveis através de fotografias?

Há como detectar diversas doenças através do uso de flash, como retinoblastoma, que é um tipo de câncer na retina, porém curável; infecções congênitas, como toxoplasmose, doença causada por um parasita presente nas fezes dos gatos, mas que não mostra sintomas em mais de 90% dos casos; miopias; astigmatismos; entre outros.

Além disso, é possível também detectar problemas como leucoma e cataratas, no entanto, essas também podem ser detectadas sem a ajuda da fotografia ou de flashes.

Equipe OS Kobayashi

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